A força da popularização dos termos na linguagem geral:
- o dengue na acepção de doença (termo que é visto no masculino nos livros de medicina) virou a dengue, provavelmente para diferençar do dengo (manha);
- a cólera (a doença) já é quase o cólera (o agente);
- o diabetes (doença), já está sendo chamado de a diabetes ou a diabete (provavelmente a chacrete do diabo);
- e a Olimpíada, que se refere originalmente às competições que eram realizadas na antiguidade em Olímpia, Grécia, a cada 4 anos, passou a se chamar Jogos Olímpicos da Era Moderna e daí para cada Olimpíada ser chamada de Olimpíadas foi um salto (sem vara).
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Nesta Olimpíada (2024), os “criativos” repórteres têm, insistente e repetitivamente, feito a mesma pergunta aos atletas: “O que passou pela sua cabeça…?”
Viraram psicanalistas? Ou padres no confessionário querendo extrair picantes “pecados por pensamento”?
Meu cérebro literal, entretanto, quando diante dessa pergunta, me remete sempre a coisas materiais que podem ser passadas no couro cabeludo. Assim, tomando por base meu histórico bem remoto, eu poderia responder dessa forma a uma pergunta dessas: “Muitas coisas passaram pela minha cabeça nessa vida - minha mão: xampu Johnson’s; sabonetes Eucalol, Lifebuoy, Gessy, Lux; brilhantina Glostora; Brylcreem, Trim; Neocid…”
Não seria material para embasar um atestado de sanidade mental, mas seria fiel à verdade.